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Inflação: governo sobe previsão, mas ainda estima IPCA de 2024 abaixo do teto da meta


Mercado já prevê, desde o fim de outubro, que a inflação vai superar os 4,5% tidos como 'máximo' no sistema de metas. Na última semana, economistas previram um IPCA de 4,64% para o ano.


O governo elevou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, de 4,25% para 4,4%, em 2024.


A informação consta no Boletim Macrofiscal, divulgado nesta segunda-feira (18) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.


Com isso, o governo indica não esperar que a inflação supere o teto de 4,5% do sistema de metas neste ano – algo que o mercado financeiro já estima desde o fim de outubro.


Na semana passada, o mercado elevou para 4,64% sua expectativa de inflação para 2024. Foi a sétima alta consecutiva. A estimativa foi divulgada nesta segunda.


De acordo com a subsecretária de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Raquel Nadal, o governo está considerando bandeira tarifária amarela em dezembro, com impacto menor na inflação.


"Grande parte da diferença [entre o governo e o mercado] pode estar concentrada na bandeira tarifária para o fim do ano. Tende a contribuir com 0,17 ponto percentual [a menos no IPCA]. Tirando isso, estamos bem alinhados com o que o mercado está vendo", declarou Nadal, a jornalistas.


Em outubro, o IPCA somou 0,56% e, 12 meses até o mês passado, o índice acumulou uma alta de 4,76%, acima do limite da meta. O objetivo só é considerado descumprido, porém, para anos fechados.


  • A meta central de inflação é de 3% neste ano – e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.


  • A política de controle da inflação é uma função do Banco Central, que atua por meio, principalmente, da fixação da taxa de juros.


  • Se as projeções de inflação estão em linha com as metas, pode baixar os juros. Se estão acima dos objetivos, eleva a taxa Selic. É o que vem acontecendo nas últimas reuniões.


  • Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC terá de escrever e enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda explicando os motivos.


O BC vem alertando há meses que a política de aumento de gastos públicos, definida pelo governo federal, sob a coordenação do Ministério da Fazenda, tem pressionado a inflação — obrigando o Copom a ter uma postura mais agressiva com a Selic.


O governo vem analisando há algumas semanas, com o objetivo de manter de pé o arcabouço fiscal, propostas de redução de gastosainda não anunciadas.


Além do aumento de despesas, outro fator que tem pressionado para cima a inflação neste ano são as questões climáticas, como a seca, por exemplo, que impactou a energia elétrica e os alimentos.


"Até o final do ano, deverá haver desaceleração nos preços de monitorados [serviços públicos cujas tarifas são reguladas ou autorizadas pelos governos], repercutindo, principalmente, mudanças esperadas nas bandeiras tarifárias de energia elétrica. Os preços livres, no entanto, devem seguir em aceleração, refletindo a dinâmica dos preços de itens mais voláteis, mais afetados pelo câmbio e clima", informou o Ministério da Fazenda nesta segunda-feira.


Para 2025, o Ministério da Fazenda elevou sua estimativa de inflação de 3,40% para 3,60%.


Porque isso importa? Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.


Produto Interno Bruto


A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda também elevou de 3,2% para 3,3% sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.


O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é usado para medir o crescimento da economia.


"Mudanças marginais levaram à revisão na estimativa de crescimento, com destaque para o ligeiro aumento na expectativa de expansão do PIB no terceiro trimestre. Para os próximos dois trimestres, projeta-se crescimento da atividade, embora em ritmo inferior ao observado nos dois primeiros trimestres de 2024", informou o Ministério da Fazenda.


Para 2025, o governo manteve sua projeção de crescimento da economia brasileira em 2,5%.


O mercado financeiro estimou, na semana passada, uma expansão do PIB de 3,10% neste ano e de 1,94% em 2025.


Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Entretanto, nem sempre crescimento do PIB equivale a bem estar social.


"Até 2028, o crescimento deverá seguir próximo a 2,5%. A estimativa é conservadora, podendo surpreender a depender dos ganhos de produtividade e de eficiência alocativa que emergirem do Plano de Transformação Ecológica e da reforma tributária. O aumento na produção e exportação de petróleo e de energias renováveis também podem contribuir para elevar o potencial de crescimento do Brasil ao longo dos próximos anos", avaliou o governo.



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